922 — Terminou hoje o 1.º Congresso Internacional sobre EAI – Enterprise Aplication Integration

Nov 7, 2002 | Conteúdos Em Português

Logotipo IFEO congresso dedicado à EAI – Enterprise Aplication Integration foi organizado pela IFE, International Faculty for Executive. Durante dois dias, 5 e 6 de Novembro, o Hotel Metropolitan serviu de palco à discussão de um conjunto diversificado de painéis em torno da aplicação de Sistemas de Integração às empresas .

A abrir a jornada do primeiro dia, José Bio, da direcção de Sistemas de Informação da JABA Farmacêutica, considerou que o conceito de EAI implica o recurso a novas tecnologias e novas abordagens, bem como a noção de “arquitectura” tecnológica, aplicacional, de dados e de processos. Na sua opinião, este conceito representa ainda o acesso facilitado aos serviços comuns do Sistema de Informação que suportam o negócio (independentemente das aplicações e fornecedores).

José Bio abordou ainda questões como bases de dados federadas; integração por mensagens (message broker); aplicações compostas; automação de processos e workflow e conexão com ERP’s, uma funcionalidade que exemplificou com o caso Sap R3 .

“Como a tecnologia e-Business faz evoluir o EAI” foi a questão levantada por Miguel Maia, consultor senior de Pré-Venda da BEA Systems. Avaliando o actual mercado, Miguel Maia centrou-se nas directrizes e recomendações inerentes à implementação de soluções e na standarização na automatização de processos de negócios e na integração do mundo Internet. A finalizar a sua intervenção, apresentou a proposta da BEA Systems e alguns case studies .

Borja Etxebarria, consultor de Soluções da TIBCO, reportou-se às soluções tecnológicas na integração do negócio. Apresentando uma retrospectiva da EAI, defendeu o BPM, Business Process Management como uma estratégia de futuro nesta área e o BAM, Business Activity Monitoring como um centro de comando e controlo virtual capaz de melhorar em tempo e eficácia as operações de negócio.

“O desafio de integração no Grupo CGD” foi o painel em análise por Paulo Vitorino, do SOGRUPO SI – Caixa Geral de Depósitos e Nuno Carvalho, da DELOITTE Consulting. Em foco estiveram as orientações estratégicas e processos de mudança; a visão da iniciativa EAI no Grupo CGD; a caracterização da solução EAI e uma abordagem metodológica na utilização da infra-estrutura EAI .

Referência ainda aos benefícios da iniciativa EAI, entendidos como factores críticos de sucesso. A este propósito, Paulo Vitorino destacou cinco aspectos primordiais: orientações estratégicas; commitement (envolvimento das áreas de negócio e técnicas); comunicação; competências e retorno do investimento.

Santiago Olmedo, director de Sistemas Operacionais da UNILEVER Portugal apresentou um caso prático, intitulado “Como escolher e pôr em prática a tecnologia: a integração de todas as aplicações da empresa”. Ficaram esquematicamente representados os processos a definir num projecto de Arquitectura de Sistemas de Informação, desde a implementação das suas várias fases. Santiago Olmedo apresentou ainda alguns conceitos básicos que definem uma arquitectura integrada de sistemas e tecnologias de suporte dos interfaces .

“Como construir um sistema EAI/XML” foi o caso prático que se seguiu, por Paulo Ribeiro, responsável do Centro de Computação workflow, Datawarehouse, Mis e Web do Modelo e Continente. Reportando-se às áreas aplicacionais e processos de negócio no sector do Retalho, fez a avaliação de uma solução EAI, abordando questões como a utilização de EAI na implementação de fluxos de dados, a gestão de processos ou a integração aplicacional com parceiros externos. Em análise estiveram também as vantagens dos diferentes tipos de integração permitidos pelo EAI .

O primeiro dia de trabalhos encerrou após a intervenção de Nuno Gusmão, gerente da DMR Consulting. “Da integração de aplicações à integração dos processos de negócio”, Nuno Gusmão caracterizou um modelo de empresa expandida, avaliando a comunicação entre aplicações, o aparecimento dos “middlewares”, as arquitecturas EAI e os Web Services .

A 2.ª jornada iniciou com um caso prático sobre os benefícios do EAI para as aplicações de e-business, apresentado por Diogo Caldeira Pinto, director de Sistemas de Informação da PMELink. Centrando-se no Centro de Negócios Online para PME’s do BES, CGD e PT (pmelink.pt), distinguiu os vários tipos de integração interna e externa, concluindo que a primeira se baseia «em desenvolvimentos internos que implicam o conhecimento profundo das plataformas».

As integrações externas do pmelink.pt são as que geram mais problemas, porque não possibilitam o mesmo controlo e, logo, a mesma estabilidade que as internas. Falta de comunicação com o parceiro, dificuldades com a aplicação do parceiro (por resultados incoerentes, por exemplo) ou mudança do seu DataCenter são os problemas mais comuns.

Rui Gaspar, Business Devolopment Manager da Information Builders Portugal apresentou uma estratégia de integração de todas as actividades de gestão com os clientes através de um middleware, IECM – Integrated Entreprise Customer Management .

Afirmando que «90% das principais empresas ainda necessitam de integrar os seus sistemas mais importantes», Rui Gaspar considerou que o sucesso da integração está nos processos automatizados e agilizados. O desafio passa por conseguir suportes para os três tipos de integração – aplicações compostas, processamento directo e consistência de dados. Na sua opinião, a integração deve ainda permitir a aproximação por módulos; conectores e adaptadores reutilizáveis e actualização garantida pelas soluções mantidas pelo fabricante.

Isabel Guerreiro, directora da NovaBase, interveio com a aplicação de “Business Drivers para uma solução de EAI”. Salientando as vantagens do EAI , como a redução dos custos operacionais, o aumento da capacidade de resposta a alterações nas estratégias de negócio ou a integração de processos, avaliou as funcionalidades que uma solução deste tipo deve satisfazer.

De seguida, Isabel Guerreiro traçou o roadmap de implementação de uma solução EAI . Do levantamento dos processos à fase do desenho de cenários de integração e definição da infra-estrutura comum (na sua opinião, essencial), até à fase de implementação, com o desenvolvimento dos processos. Como sublinha, «o controlo de qualidade é uma actividade contínua com início na fase de análise».

Francisco Di Gioia, da Direcção de Sistemas de Informação da GAN Portugal – Companhia de Seguros dedicou a sua intervenção ao tema da “Mobilidade” de um SI como factor e desenvolvimento do negócio. Em foco estiveram a integração do Front-Office com o Back-Office , as possibilidades de inovação através da criação de «produtos à medida» e a automação dos processos com o objectivo de assegurar os níveis de serviço.

O 1.º Congresso Internacional sobre EAI ficou concluído com a intervenção de João Pais, gestor de negócios da NetPartner , sobre os aspectos de segurança a ter em conta na integração de processos. Apresentando dados conclusivos sobre as necessidades de segurança de um projecto de integração, salientou que estas implicam uma análise de risco; requisitos legais, estatutários, regulatórios e contratuais; e requisitos operacionais do negócio.

Como auditar a segurança foi outra das questões levantadas por João Pais que recomenda, por exemplo, a optimização do grau de segurança em todas as aplicações e sistemas envolvidos na implementação de EAI ; a construção de um mapa de relações de confiança e interdependências entre as aplicações ou a realização periódica de auditorias.

A diversidade dos temas em análise no âmbito da discussão sobre a implementação de soluções de EAI – e-business, Integração, Mobilidade, gestão de clientes, processos de negócio, segurança – trouxeram à 1.ª edição do evento da IFE dedicado à Enterprise Automation Integration uma plateia também ela diversificada, com particular incidência nos sectores da banca, telecomunicações e seguros .

Por Gabriela Costa
(gabriela.costa@centrodecontacto.com)

 
2002-11-06

 

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