A adopção da Terceira Geração vai ser gradual, mas prevê-se brilhante. Na Europa, o UMTS deve ir de encontro ao mercado empresarial, ao invés de apostar no consumidor. De momento, o mercado vive uma canibalização excessiva. Estas foram as conclusões do painel Capital e Investimento , no Fórum Telecom & Media.
O presidente do UMTS Forum, Bernd Eylert, traçou o objectivo da organização: proporcionar um conceito alargado do UMTS. O Forum conta com 200 membros de 40 países, entre operadores móveis, fixos e de satélite, numa atitude de compreensão mútua entre todas as entidades que trabalham no sector.
O organismo não tenciona estabelecer padrões, mas fazer estudos de mercado. Nesse sentido, concluíu que os clientes querem acesso constante em todo o lado, querem vídeo e Web, acesso a todo o tipo de mensagens texto, áudio, vídeo… O UMTS Forum garante que o 11 de Setembro não teve grande impacto no sector e que o abrandamento do mercado beneficiou as redes de 2G. A adopção da terceira geração vai ser gradual. No entanto, o Forum prevê que, em 2010, um em cada três utilizadores de telemóvel vai usar 3G.
O Presidente Redes Móveis da Lucent Technologies Europe, Carlos Mira, garante que a sua empresa pretende tornar-se num caso de sucesso na 3G. Mira defende que o UMTS na Europa não deve ir de encontro ao consumidor, mas sim ao mercado empresarial. De momento, Mira acredita que a atitude a tomar é enfrentar a crise e voltar à rentabilidade, adivinhando tendências e juntando tecnologias, por forma a obter melhor produtividade em todos os domínios.
O Managing Director da Morgan Stanley, Paulo Pereira, analisou o mercado UMTS, garantindo que a bolha especulativa afectou o mercado e rebentou no leilão na Alemanha. O mercado vive uma canibalização excessiva. No entanto, a concorrência é fundamental para assegurar o modelo de negócio.
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