A Telefónica Móviles garante que é necessário optimizar os timings do UMTS. A Sonae.com prevê que a 3G só vai ser viável em 2003 e comercialmente apetecível em 2005. A tecnologia padece de excesso de licenças e custos.
O UMTS é um impasse: excesso de licenças e custo, atraso da tecnologia, retracção do mercado de capitais e elevados investimentos. Esta é a posição do presidente da comissão executiva da Sonae.com, Paulo Azevedo, prevendo que a 3G não vai ser viável antes de 2003 e só será comercialmente apetecível em 2005. Quanto à rede física, Azevedo garante: o modelo escolhido para a introdução da concorrência é muito difícil se fôr mantido o monopólio. O modelo português é inviável, acrescentou, uma vez que há copropriedade das redes, enquanto que, na Europa, existe concorrência. A solução? Cabe ao governo e às entidades reguladoras avançar, garante Azevedo.
A queda no sector das Telecomunicações deve-se a diversos factores, garante o presidente executivo da Portugal Telecom (PT), Horta e Costa. A degradação drástica das perspectivas dos negócios tradicionais e o sobre-investimento na expectativa de um boom criaram um endividamento sem precedentes. Como resposta, os mercados de capitais penalizaram os operadores, que lançaram programas de desinvestimento. O resultado, a nível do sector, traduziu-se numa redução dos investimentos operacionais.
O presidente executivo da Telefónica Móviles, Viana-Baptista, apresentou uma perspectiva mais positiva, garantindo que o sector das telecomunicações é um negócio com potencial de crescimento. Viana-Baptista acredita que existe um excesso de operadores na Europa, sendo difícil um retorno adequado sobre os seus activos. No entanto, o crescimento é possível investindo com mais prudência, optimizando os timings no UMTS, reestruturando quando corre mal, racionalizando os custos e reduzindo a dívida.
A Sonera pretende crescer e operar em mercados internacionais seleccionados, garante Aimo Elohoma, presidente da empresa. A Sonera vê oportunidades de crescimento na Europa, Rússia e Eurásia.
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