Cerca de 18% das empresas portuguesas não dispõem de mecanismos de correcção de dados, 60% dizem tê-los mas apenas para algumas áreas, e 12% afirmam que os seus dados nunca são sujeitos a um processo de limpeza, de acordo com os resultados de um inquérito levado a cabo junto de perto de uma centena de directores e responsáveis pelas TIs durante a conferência PowerQuality Day.
O evento foi levado a cabo pela INFORMATICA Powerdata, filial para o mercado Ibérico da multinacional norte americana INFORMATICA, fornecedora de software de integração de dados. A edição deste ano foi toda ela dedicada à “Qualidade de Dados Empresariais” e foi pretexto para a apresentação das mais avançadas tecnologias e ferramentas para o sucesso de qualquer projecto de gestão e movimentação de dados.
Contando com a participação especial da Accenture, o PowerQuality Day 2005 teve como principais objectivos realçar a importância do tratamento da qualidade dos dados das empresas, consciencializar os presentes para os inconvenientes de uma má gestão da qualidade dos seus dados, bem como divulgar as vantagens e benefícios que poderão ser obtidos com um correcto tratamento da qualidade da informação nas empresas.
Participaram como oradores Walter Wijn, Sales Director da Firstlogic para a EMEA, João Pedro Tavares, Partner da Accenture responsável pela área de technology consulting em Portugal, Bert Oosterhof, Director of Technology da Informatica para a EMEA, e ainda Juan Oñate e Carlos Villar, respectivamente Director Geral e Director de Serviços Profissionais da INFORMATICA Powerdata .
Segundo João Pedro Tavares, o ROI de uma solução de integração e qualidade de dados comprova-se com menores custos administrativos, melhoria do serviço a clientes e redução de não conformidades.
Com o PowerQuality Day pretendemos reforçar o nosso compromisso com os especialistas desta matéria e dar a conhecer as chaves para levar a bom porto uma série de projectos de gestão de dados que são cada vez mais estratégicos para as empresas, devido à crescente complexidade das estruturas empresariais de TIs, referiu Manuel Gonçalves, Director de Operações da Informatica Powerdata em Portugal. Garantir a qualidade de dados permitirá que as empresas tomem decisões mais acertadas com base em informação actualizada e efectiva, possibilitando também a redução de custos operativos, uma maior atenção com os clientes, entre outras inúmeras vantagens, adiantou Manuel Gonçalves .
Os presentes no evento tiveram oportunidade de conhecer alguns casos práticos de implementação de uma solução de qualidade de dados numa empresa, bem como alguns cenários de obtenção do respectivo retorno de investimento.
Qualidade dos Dados nas Empresas
No decorrer dos trabalhos, foram realizadas várias sessões interactivas que contaram com a participação directa dos presentes, convidados a definir a situação da qualidade dos dados nas suas empresas. Entre as principais conclusões retiradas destas sessões estão as seguintes:
– 43% dos presentes consideraram a qualidade de dados como muito importante do ponto de vista estratégico e 51% do ponto de vista operacional.
– Apenas 24% consideraram um projecto de qualidade de dados como prioridade fundamental face a outras iniciativas/projectos mas para 63% é considerado como parte importante de outros projectos (CRM, Data Warehousing , etc.); apenas 14% atribuíram pouca ou nenhuma prioridade a estes projectos.
– Quando questionados sobre a existência de um mecanismo para corrigir dados incorrectos dentro das suas empresas, somente 18% dos presentes responderam que sim, 60% afirmam que apenas para algumas áreas, 4% não tem a certeza e 18% assume que não.
– Relativamente ao tipo de mecanismo para qualidade de dados utilizado, 20% refere uma solução de qualidade de dados, 29% uma solução desenvolvida internamente, 31% seleccionaram o processo manual, 20% afirmou que não se aplica à sua empresa e ninguém mencionou a externalização da limpeza de dados.
– 65% dos presentes afirmou que os dados da sua empresa são limpos em períodos irregulares de tempo, sendo que 12% declararam que os seus dados nunca são sujeitos a um processo de limpeza.
– 39% das empresas assumiu que recebe reclamações dos seus clientes com alguma regularidade, 14% recebe reclamações muitas vezes mas 25% nunca recebe reclamações.
– No que respeita ao tempo e esforço dispendidos pelas empresas para resolver problemas de qualidade de dados, 15% afirmou que dedica demasiado tempo, 44% muito tempo e 32% algum tempo.
Fonte: INFORMATICA PowerData/Accenture
2005-12-12
Em Foco – Opinião