A comercialização de serviços de UMTS só deverá arrancar em Julho, anunciou ontem o presidente da Autoridade Nacional das Comunicações (ANACOM). À margem do 13.º Congresso das Comunicações, Álvaro Dâmaso avançou ainda que, a 1 de Janeiro de 2004, os operadores só terão de estar preparados para lançar um «serviço pré-comercial» de UMTS junto de grupos de utilizadores-fechados, que sirvam de teste à rede de telemóveis de terceira geração.
Depois do Ministro da Economia ter anunciado, na 4.ª feira passada, que não iria adiar novamente o lançamento do UMTS e dos três operadores com licença para explorar o novo serviço (Optimus, Vodafone e TMN) terem afirmado, consensualmente, que não existem ainda condições para o arranque comercial da terceira geração de telemóveis, o presidente da ANACOM anunciou a medida preconizada por Carlos Tavares: o serviço do UMTS terá de estar disponível, de forma gradual, a partir do início do próximo ano.
Reagindo às críticas dos operadores, Dâmaso explicou aos jornalistas que os testes da rede de telemóveis de terceira geração serão iniciados em Janeiro, mas «só com grupos fechados, devido à dificuldade na obtenção de terminais e à estabilização da tecnologia». A ANACOM está a negociar com os operadores a flexibilização das regras de cobertura, garantiu, mas terão de ser cumpridos os requisitos mínimos previstos no caderno de encargos do concurso para a atribuição das licenças, ou seja, uma cobertura de 20 por cento da população.
A limitação dessa percentagem às áreas de Lisboa e Porto, como já defenderam os operadores «deve ser suficiente para o arranque a 1 de Janeiro», disse ainda.
Gabriela Costa
2003-11-21
Centro de Informação-ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA