A Vodafone apresentou uma queixa junto do Instituto Civil de Autodisciplina da Publicidade (ICAP) contra a campanha publicitária sabe quanto é que paga a mais se numa chamada local usar o móvel em vez do fixo, da Portugal Telecom (PT).
A Vodafone considera que a campanha da PT para a rede fixa «é susceptível de confundir o consumidor, na medida em que contém afirmações erróneas relativas aos preços das chamadas entre redes móveis». A operadora móvel já declarou também que a campanha em causa procede «a comparações entre serviços não comparáveis, já que não correspondem às mesmas necessidades dos utilizadores nem têm os mesmos objectivos».
Na queixa apresentada, a Vodafone refuta a afirmação central da campanha – sabe quanto é que paga a mais se numa chamada local usar o móvel em vez do fixo e procura demonstrar que, ao contrário, «são variados os exemplos de chamadas mais baratas» nas comunicações na sua rede. Os mesmos argumentos foram apresentados numa carta previamente enviada à PT , pedindo a suspensão da campanha.
Em comunicado de imprensa divulgado hoje, a operadora afirma serem «numerosos os casos em que uma chamada móvel/móvel na rede Vodafone fica mais barata do que uma chamada nacional na rede da PT», o que se verifica mesmo sem se tomar em consideração factores como a existência de uma assinatura mensal na rede da PT .
No mesmo comunicado, a Vodafone descreve um conjunto de exemplos de acordo com os quais um cliente que realize o mesmo número de chamadas, com o mesmo número de minutos na rede fixa PT e na rede móvel da Vodafone, pagará mais na rede fixa da PT .
Na queixa apresentada, a Vodafone insurge-se ainda sobre a mensagem inerente à campanha da PT que pretende «incutir nos destinatários que as comunicações móveis se destinam a pessoas ricas». A empresa classificou já essa mensagem de difamatória para os concorrentes móveis da PT , desmentindo-a com base em dois argumentos: as tarifas móveis são «frequentemente mais económicas» do que as da rede fixa; e a taxa de penetração do serviço móvel «há muito ultrapassou em Portugal a da rede fixa».
Para a Vodafone , estas campanhas «prejudicam de sobremaneira a concorrência, porquanto transmitem para o mercado um conjunto de mensagens comerciais inexactas, violando claramente o preceituado na lei no que respeita ao exercício da actividade publicitária».
2003-09-16
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Notícias – Indústria