Margarida Pires é presidente da Comissão Executiva da Time Sharing desde 13 de Maio de 1996, altura em que a empresa atravessava uma situação financeira débil devido à fusão da Telecom Portugal e TLP na Portugal Telecom.
Com o objectivo de recuperar esse défice, Margarida Pires dedicou-se de corpo e alma a este projecto que pretende, a médio prazo, alcançar o mercado internacional.
Com 56 anos de idade, Margarida Pires tem uma filha e uma neta e a sua boa disposição transparece na dedicação ao trabalho. Aos fins de semana gosta de receber os amigos em casa a quem prepara uns bons cozinhados.
Formada em Matemática começou por se dedicar ao ensino no liceu, tirou um curso de Ciências Pedagógicas na Faculdade de Letras e deu aulas de Estatística no ISE. Em 1972 procurou emprego nos TLP afim de puder aplicar os seus conhecimentos científicos. Na altura, não houve qualquer resposta mas como tinha deixado os seus dados chamaram-na para concorrer a um lugar na área informática. Reticente, começou por rejeitar mas como fizeram questão de dizer que pagavam bem e com as perspectivas inerentes à sua juventude acabou por aceitar. Entre mais de duzentos candidatos ao lugar, Margarida Pires foi a escolhida tendo o seu percurso profissional sido feito quase inteiramente dentro deste grupo. Durante um tempo esteve nos TLP onde foi responsável pelos projectos informáticos tendo ocupado o gabinete de informática do Conselho de Administração. Na altura em que se falava da fusão entre os TLP e os CTT foi em comissão de serviço para este último.
Quando um tempo depois os TLP compraram uma participação da Time Sharing, na altura já maioritariamente detida pela Marconi, resolveram fazer uma operação de outsourcing da sua informática. Aqui Margarida Pires esteve entre 1991 e 1995 como directora geral. Em 1995 regressou à Portugal Telecom para dirigir o projecto Clip (cliente) que pretendia dotar a empresa de novas ferramentas para facturação e gestão de clientes. Ainda em 95 passou pela Telepac onde foi administradora e onde, como a própria indica, adorei estar porque foi o melhor ano da Telepac com uma série de lançamentos interessantes.
Entretanto com a crise que a Time Sharing estava a atravessar o presidente da altura, Eng.º Todo Bom, resolveu unificar os informáticos e acabou com o outsourcing. E foi então que Margarida Pires se transferiu da Telepac para a Time Sharing, onde encontrou apenas 35 funcionários. Conseguiu-se então negociar com a Marconi, retirou-se a empresa da Bolsa e foi aí que a Portugal Telecom acabou por adquirir a posição da Marconi.
Margarida Pires define a Time Sharing como uma empresa cheia de pujança e adulta. Existe desde 1970 e tem aprendido com alguns dos seus erros.
Em Foco – Pessoa