Lisboa, 12 de Dezembro de 2002 – A APDC Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (www.apdc.pt) realizou no passado dia 10, o Seminário As TMT na Logística, que, no cumprimento da recente estratégia de descentralização e alargamento das iniciativas da APDC ao Norte do país, decorreu na Associação Industrial do Minho, em Braga.
Este evento, que contou com a presença de diversos dirigentes e especialistas dos sectores da logística e das TMTs, registou a presença de cerca de uma centena de participantes.
O primeiro painel, subordinado ao tema A Logística no contexto das estratégias empresariais, contou com as intervenções de João Paulo Pereira, do INEGI, de João Menezes, do ISCTE, de João Valadares Ferreira, da PT Comunicações, tendo sido o debate moderado por Alberto Pimenta, da APDC.
O estudo apresentado no início da sessão, A Logística nas empresas da Região Norte, da Lognorte, deu o mote ao debate, até porque, segundo esta análise a logística será um dos eixos estratégicos dentro das organizações empresariais, na medida em que permite maior produtividade e eficiência, redução substancial de custos, competitividade e crescimento das receitas.
Deste debate retiraram-se algumas conclusões, nomeadamente, que as mudanças que se operaram nas relações inter-empresas e o esgotamento de alguns modelos de negócio, obrigam a repensar a natureza e o papel da logística. Neste processo, o grande problema que subsiste e que urge resolver é cultural, sendo imperativa a vontade para um salto efectivo e para uma mudança de atitude.
TMT apoiam integração da logística nas estruturas empresariais
O segundo painel, intitulado As TMT como factor de desenvolvimento da Logística, contou com a participação de Alcibíades Paulo Guedes, da EGP, de Carlos Morais, da Primavera Software, de Jorge Antunes, da Novabase, e de Pedro Eduardo Silva, da Enabler. A moderação da discussão ficou a cargo de Jorge S. Coelho, da Universidade do Minho.
De acordo com os especialistas presentes nesta sessão, a maior parte das empresas em Portugal ainda está na fase de discussão sobre a integração da logística nas suas estruturas. Para se conseguir dar o salto em frente, para a fase de integração da cadeia total de abastecimento, as TMT darão um forte apoio. Há que planear de forma integrada e consolidada todo o processo e as tecnologias são uma ferramenta essencial.
No entanto, concluíram os oradores, há três passos fundamentais para as empresas apostarem em processos de logística: uma clara integração de sistemas em toda a cadeia de valor; mecanismos de seguimento real do produto; e entrega de algumas das tarefas de logística ao próprio operador, numa óptica de partilha e colaboração. Mas, sempre com o controlo do processo.
A primeira sessão da tarde, foi subordinada ao tema Logística e e-business: velhos ou novos desafios?. Participaram Alberto Mendes, da BizDirect, Fernando Mascarenhas, da Accenture, José Carlos Teixeira, do Forum B2B, e Alexandre Matos, da Tradecom. A João Carlos Reis, da Revista Logística Hoje, coube a responsabilidade de moderar o painel.
De acordo com os intervenientes neste painel as empresas têm que pensar cada vez mais em termos electrónicos na sua cadeia de valor. Não há modelos únicos, nem soluções, que preencham todos os requisitos e neste processo de mudança os e-marketplaces e os fornecedores de soluções de e-business assumem-se como auxiliares fundamentais para o sucesso.
Finalmente, a última sessão de trabalhos deste seminário, que foi moderada por Vítor Carvalho, da APLOG, foi dedicada à Logística e às TMT. Ouviu-se a opinião dos operadores de logística presentes no mercado, num painel que reuniu Fernando Melo, da TNT, João Almeida, dos CTT, José da Costa Faria, da Luís Simões, e Rui Duarte Amador, da UPS.
Depois desta última sessão, ficou clara a ideia que os operadores de logística estão a preparar-se para os desafios do mercado e a criar produtos específicos para as novas necessidades dos clientes e empresas, nomeadamente, ao nível do e-commerce. A aposta em soluções modulares, à medida dos clientes, e as soluções multi-cliente, para as organizações de menor dimensão, são algumas das grandes opções do futuro, que se prepara já hoje.
Na sessão de encerramento foram intervenientes Alberto Pimenta, da APDC, Vítor Carvalho, da APLOG, e José Manuel Capa Pereira da AI Minho, aos quais coube a tarefa de dar por terminada mais uma iniciativa de sucesso.
SOBRE A APDC
A APDC – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, foi criada em Novembro de 1984, como instituição de utilidade pública sem fins lucrativos. Com a missão de acompanhar de muito perto a evolução do sector em Portugal e gerar um polo de debate, a APDC tem vindo a desenvolver actividades, desde então, no sentido de reflectir as grandes tendências deste mercado na sociedade portuguesa.
Hoje, com cerca de 2000 sócios individuais e cerca de 200 empresas associadas, a APDC fomenta e desenvolve várias actividades ao longo do ano, desde seminários a jantares-debate, passando pela criação de um novo certame dedicado à área do Multimédia, até à publicação mensal da revista Comunicações, atingindo o auge das suas actividades com a realização anual do Congresso das Comunicações, este ano na sua 12ª edição.
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