1219 — Meias palavras marcam Painel do “Estado da Nação das Comunicações em Portugal”

Nov 28, 2002 | Conteúdos Em Português

Nevoeiro e boa disposição estiveram presentes, esta tarde, no Congresso das Comunicações. Nem a ANACOM, nem a OniWay levantaram o véu sobre o futuro do quarto operador, preferindo falar nas entrelinhas: “a Oni está viva e recomenda-se”, garantiu Norton de Matos, “a autoridade obviamente está atenta”, assegurou Álvaro Dâmaso.

António Carrapatoso, presidente da Vodafone Telecel, garantiu: “queremos reforçar a nossa quota de mercado.” Neste momento, o crescimento do mercado móvel depende do sucesso dos serviços não voz, garante Carrapatoso que considera o Vodafone live! um salto qualitativo. A estratégia de penetração ficou subentendida: “a Vodafone Telecel sente-se como empresa portuguesa”, garantiu.

Horta e Costa, presidente da Portugal Telecom, apresentou o ponto de vista do incumbente: “na PT temos sabido encontrar meios para resistir à tempestade”. Os meios passam por uma política de sustentação de receitas e contenção de custos, garante o presidente, assegurando que a PT reduziu 31% do investimento. Horta e Costa recriminou o actual paradigma competitivo e regulatório que, fundamentou, hoje não faz sentido uma vez que as condições de partida não se mantêm.

Paulo Azevedo, presidente da SonaeCom, assegurou que “a Optimus tem rentabilidade positiva”. Como tarefas urgentes, Azevedo definiu a promoção da concorrência – venda da rede cabo, transformação cultural no sector e rápida actuação da Autoridade da Concorrência – e a implementação das melhores práticas europeias.

Norton de Matos, presidente da Oni, referiu a importância da empresa como introdutora de novas tecnologias e garantiu que, na área empresarial, “a Oni tem puxado pelo mercado”. O presidente assegurou que a Oni vai ter uma facturação de 60 milhões de contos, cifra que coloca a empresa nas 50 maiores de Portugal. A grande importância da empresa passa pela criação de meios próprios para não depender de outros, garante Norton de Matos.

Sandra Pestana
2002-11-28

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