Nevoeiro e boa disposição estiveram presentes, esta tarde, no Congresso das Comunicações. Nem a ANACOM, nem a OniWay levantaram o véu sobre o futuro do quarto operador, preferindo falar nas entrelinhas: a Oni está viva e recomenda-se, garantiu Norton de Matos, a autoridade obviamente está atenta, assegurou Álvaro Dâmaso.
António Carrapatoso, presidente da Vodafone Telecel, garantiu: queremos reforçar a nossa quota de mercado. Neste momento, o crescimento do mercado móvel depende do sucesso dos serviços não voz, garante Carrapatoso que considera o Vodafone live! um salto qualitativo. A estratégia de penetração ficou subentendida: a Vodafone Telecel sente-se como empresa portuguesa, garantiu.
Horta e Costa, presidente da Portugal Telecom, apresentou o ponto de vista do incumbente: na PT temos sabido encontrar meios para resistir à tempestade. Os meios passam por uma política de sustentação de receitas e contenção de custos, garante o presidente, assegurando que a PT reduziu 31% do investimento. Horta e Costa recriminou o actual paradigma competitivo e regulatório que, fundamentou, hoje não faz sentido uma vez que as condições de partida não se mantêm.
Paulo Azevedo, presidente da SonaeCom, assegurou que a Optimus tem rentabilidade positiva. Como tarefas urgentes, Azevedo definiu a promoção da concorrência venda da rede cabo, transformação cultural no sector e rápida actuação da Autoridade da Concorrência e a implementação das melhores práticas europeias.
Norton de Matos, presidente da Oni, referiu a importância da empresa como introdutora de novas tecnologias e garantiu que, na área empresarial, a Oni tem puxado pelo mercado. O presidente assegurou que a Oni vai ter uma facturação de 60 milhões de contos, cifra que coloca a empresa nas 50 maiores de Portugal. A grande importância da empresa passa pela criação de meios próprios para não depender de outros, garante Norton de Matos.
Sandra Pestana
2002-11-28
Dossiers-Plano Editorial
Notícias – Indústria