1218 — Governo defende recentragem da EDP na electricidade

Nov 28, 2002 | Conteúdos Em Português

O Ministro da Economia, Carlos Tavares, apoia a recentragem da EDP no seu core business, a electricidade, diminuindo a exposição às telecomunicações, declarou hoje, no 12º Congresso das Comunicações. O ministro defende uma retirada do móvel, embora acredite na manutenção do fixo.

O caminho definido pelo governo passa pela redução da regulamentação e incremento da regulação. O ministro garantiu: “estamos muito tranquilos com a arquitectura da regulação da concorrência que vai resultar da existência da ANACOM conjugada pela Autoridade da Concorrência

O Carlos Tavares considera que a venda da rede fixa à Portugal Telecom não é mais que uma “alienação definitiva”, uma vez que a incumbente é a actual detentora do contrato de concessão. O Ministro da Economia garante que “a receita do Estado não é o único critério de decisão”, mas que uma venda a outro operador “acarretaria elevado custo para o Estado e para os accionistas”. “O processo de liberalização andou mais devagar do que o desejável”, acrescentou, deixando um recado: “mais do que estar a discutir a propriedade daquilo que já existe, o desejável é que haja mais infra-estruturas, sejam das tradicionais, sejam novas tecnologias.”

Quanto a novas medidas, o ministro anunciou que as coimas por violação da concorrência estão a ser revistas e vão entrar em vigor no primeiro trimestre de 2003, tal como a transposição do quadro regulamentar da União Europeia.

Sandra Pestana
2002-11-28

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