1216 — Gestão participativa, um factor de sucesso para as equipas de Contact Centers – 27 Novembro

Nov 28, 2002 | Conteúdos Em Português

Os Contact Centers devem começar a “olhar para novos modelos de gestão” que passam pelo conceito de “gestão participativa – olhar cada vez mais para o grupo com que trabalhamos” e “deixar que as equipas fluam entre elas com ideias”. As palavras são de Catarina Lorvão, Directora do Serviço de Telemarketing da PT Contact, proferidas à margem da sessão “Gestão de Equipas, Liderança e Motivação”, inserida na conferência “Gerir Recursos Humanos nos Contact Centers”, a decorrer no Centro de Congressos de Lisboa, no âmbito da 4ª edição do Salão Contact Centers e soluções CRM.

Catarina Lorvão explicou porque defende este modelo: “onde é que as pessoas realmente criam? Os criativos juntam-se todos e fazem brainstorming . Têm ciclos de geração de ideias”. A estruturação das empresas “não permite que isso aconteça, porque achamos que temos estratégias já muito bem definidas”. É esta situação que urge ser alterada, defende a directora do telemarkting da PT Contact.

É necessário que toda a equipa “sinta que está a contribuir para a gestão da casa”. O importante é “deixar as pessoas à vontade para que criem o seu modelo de negócio, com as devidas orientações, como é evidente”, explicou Catarina Lorvão.

Deste modo é necessário inverter a lógica de hierarquização em que “as pessoas quando chegam às empresas as regras já estão definidas”. A mudança deve gerar-se no sentido de “aproveitar o potencial das pessoas, criar sinergias, levar as pessoas a serem gestoras do seu próprio trabalho.”

Este poderá ser também um caminho para inverter o problema da rotatividade de recursos humanos com que os contact centers, de uma forma geral se debatem, defende Catarina Lorvão. A responsabilização de todos os colaboradores é uma espécie de “processo de compensação que temos de trabalhar num mercado destes que anda sempre a fugir de uma lado para o outro”, diz Catarina Lorvão.

Todos os membros da equipa devem ser considerados um “potencial colaborador, que poderá trazer mais valias para a empresa”. Esta posição põe de lado o conceito de “executantes”, ideia esta que as empresas muitas vezes transmitem aos seus colaboradores, ao não lhe atribuírem responsabilidades, ditando as regras de uma forma rígida e hierárquica. “Trabalhar em equipa, sempre,” deve ser o lema das empresas na gestão dos seus recursos, defende Catarina Lorvão.

Durante a tarde os participantes tiveram ainda oportunidade de assistir a um painel acerca de legislação laboral, intitulado “As evoluções na legislação laboral aplicadas ao trabalho temporário”. Esta sessão foi conduzida por Luís Miguel Monteiro, advogado.

A terminar os trabalhos deste terceiro dia do Salão Contact Centers e CRM, dedicado em grande parte à temática da gestão de recursos humanos, esteve José Condesso, consultor da Development Systems. Condesso falou sobre “O desenvolvimento de competências de supervisores de Contact Centers ”.

2002-11-27

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