Lentidão agrava-se como principal deficiência
que afecta 71,4% dos Websites portugueses
● Situação agravou-se desde Janeiro de 2001 e afecta todos os sectores abrangidos pelo estudo.
● Forte deterioração nas telecomunicações.
● Sector financeiro e banca online em melhor situação.
● Mantêm-se as deficiências mais comuns que afectam directamente a capacidade de navegabilidade dos utilizadores.
Lisboa, 12 Novembro de 2002 – A lentidão continua a ser a principal deficiência das páginas Web portuguesas, e o fenómeno agravou-se mesmo entre o início de 2001 e o terceiro trimestre deste ano, de acordo com os resultados do 3º Estudo sobre a Qualidade dos Websites Portugueses levado a cabo pela Compuware em Outubro deste ano.
De facto essa deficiência afectará agora 71,4% dos Websites portugueses, que assim carecem de capacidade para ganhar e fidelizar clientes na rede; este indicador geral era de 69% em Junho de 2000 (1º estudo) e tinha baixado para 65,5% em Janeiro de 2001.
A situação agravou-se para todos os sectores incluídos no estudo, salvo para o caso dos ISPs e portais em que praticamente se mantém aos mesmo níveis de Janeiro de 2001. O principal destaque vai para a forte deterioração verificada no sector das telecomunicações onde a lentidão duplicou em Outubro de 2002 em relação aos níveis do início de 2001. A lentidão afecta agora principalmente os sectores das telecomunicações (90,3%), da distribuição (86,5%), dos portais e ISPs (fornecedores de serviços Internet) com 80,7%, a administração pública (66,5%), o sector financeiro 55,8% (embora a banca online analisada à parte registe 60,4%), com as viagens a obter 85,5% e o desporto 75%.
Este terceiro estudo sobre a qualidade dos Websites levado a cabo pela Compuware, foi realizado mais uma vez por meio de análise real de uma amostra de mais de uma centena de Websites efectuada com base na solução Webcheck.
O Webcheck é uma solução completa de teste a websites, que detecta automaticamente mais de 50 potenciais falhas. Gera relatórios e gráficos de falhas que necessitam de ser corrigidos. Possui todas as funções necessárias para auditar a acessibilidade, funcionalidade e utilização do website. O estudo analisou Websites dos sectores de actividade mais activos no e-business, tais como o financeiro, ISP’s e portais, as telecomunicações, a distribuição e a administração pública; este ano juntaram-se-lhe três novos sectores específicos – a banca online, as viagens e o desporto. O estudo foi efectuado durante o mês de Outubro de 2002.
As dimensões da lentidão
A perda de atributos das páginas Web (inexistência de parâmetros de altura e largura de imagens) continua a ser a principal deficiência das páginas Web portuguesas, pois 53,9% dos Websites analisados apresentam este problema.
Em Janeiro de 2001, o segundo estudo levado a cabo pela empresa concluía que esta deficiência estava presente em 48% dos Websites portugueses (53% em Junho de 2000). Convém destacar que a perda de atributos incide de maneira directa na capacidade de se efectuar o “download” correcto das páginas por parte de um grande número de navegadores, dando lugar a um grande alongamento do tempo necessário para o “download” das mesmas.
A esta morosidade, há que somar as páginas que são lentas por si próprias. Neste caso a percentagem manteve-se: 17,5% dos Websites portugueses continuam a ter páginas lentas (contra 15,97% em Junho 2000). Assim, tendo em conta a perda de atributos e o seu impacto na velocidade de “download”, bem como as páginas lentas, conclui-se que mais de dois terços (71,4%) dos Websites portugueses continuam a poder ser considerados lentos, contra um índice de 69% apurados no primeira estudo (Junho de 2000) e os 65,5% do segundo estudo (Janeiro de 2001).
Para a Compuware este valor continua a ser considerado demasiado elevado. De facto, a sua análise detecta que esta lentidão provoca tempos de espera para o utilizador de 20 segundos ou mais, tempo que continua a ser considerado pela empresa como o limite para que o potencial utilizador da Internet abandone a página que consulta a favor de uma outra opção concorrente. Convém também realçar que alguns analistas de mercado assinalam que este tempo foi reduzido para 8 a 10 segundos.
De facto, e segundo os dados da Compuware, quase metade dos utilizadores abandonam a página Web que consultam no caso de uma demora igual ou superior a 20 segundos. Por outro lado, apenas um quarto dos utilizadores que suportam esta demora voltam a visitar a mesma página Web com problemas e um décimo decide abandonar por completo qualquer serviço de compras na Internet se a sua primeira experiência não decorrer de forma célere e expedita.
Mantêm-se as deficiências mais comuns
Esta terceira edição do estudo da Compuware conclui que as duas deficiências mais graves de funcionamento dos Websites portugueses pioraram (perda de atributos) ou se mantiveram (páginas lentas) entre Janeiro de 2001 e Outubro de 2002. O terceiro maior problema são agora as páginas antigas (9,7%), apesar de ter melhorado em comparação com Janeiro de 2001; a metodologia do estudo considera como “página antiga” aquela que não foi renovada num período de seis meses.
Segue-se com 7,6% a ruptura de links internos (que transportam o utilizador de um “sítio” a outro dentro do Website de uma empresa ou entidade), que piorou em relação aos 4,5% do ano passado. Finalmente surge – com 5,4% – a “ausência ou perda de títulos de páginas” (principal referência para facilitar a localização da página dentro da Internet), sendo de realçar neste ponto a forte melhoria registada em comparação com 2001 (13,1%).
Consequentemente, e de acordo com as conclusões da Compuware, a operacionalidade dos Websites portugueses mantém-se limitada por elevados índices de deficiências que afectam directamente a capacidade de navegabilidade dos utilizadores que as consultam.
Resultados do estudo por sectores de actividade
Este terceiro estudo que a Compuware realizou sobre a qualidade dos Websites voltou a analisar cinco sectores de actividade com grande presença no e-business (financeiro, ISP’s e portais, telecomunicações, distribuição, administração pública) a que se juntaram agora – como vimos – os sectores da banca online, das viagens e do desporto.
Relativamente ao sector financeiro, o principal problema detectado continua a ser a da perda de atributos, mas que continua a melhorar (44,7% em Janeiro 2001 para 41,8% agora). No mesmo sentido continuam a evoluir as “páginas antigas” (de 23,1% para 21,6%), mas duplicaram quer as “páginas lentas” quer a “ruptura de links internos” (respectivamente de 7,3% para 14% e de 6,5% para 14,2%). Em contrapartida a “perda de títulos” das páginas baixou para 5,3% regressando ao nível do estudo de Junho de 2000 (4%) depois de ter registado 14,3% no estudo de Janeiro de 2001.
No âmbito do sector dos ISP’s (fornecedores de serviços Internet) e dos portais, verifica-se uma melhoria generalizada, salvo no que toca à “perda de atributos” que continua a ser o principal problema dos Websites do sector: depois de ter melhorado dos 69,5% de Junho de 2000 para os 47,4% em Janeiro de 2001, voltou agora a subir para os 54,5%. Mas a situação de todos os restantes parâmetros melhorou. O número das “páginas lentas” voltou a melhorar (de 33,6% para 26,2%), o mesmo acontecendo às “páginas antigas” (de 8,8% para 0,5%), à “ruptura de links internos” (de 6% para 1%) e à “perda de títulos das páginas” (de 1,2% para 0,7%).
No sector das telecomunicações, merece destaque o facto de ter piorado a situação da perda de atributos e das páginas lentas (os dois maiores problemas detectados) para níveis superiores aos do primeiro estudo efectuado em Junho de 2000. A perda de atributos, que havia melhorado de 53,8% em 2000 para 37,7% em 2001, piora agora para o nível dos 75,8% e as páginas lentas segue o mesmo trajecto: depois de ter reduzido de 13,4% para 8,2% entre 2000 e 2001 volta agora a crescer para os 14, 5%.
A perda de títulos das páginas melhora para 2,8% (contra 27,7% em 2001) e as páginas antigas melhoram para 2,5%, contra 18,7% no estudo anterior. A ruptura de links internos mantém a tendência de melhoria (de 5,8% para 1,3%)
No mercado da distribuição, o destaque vai para a pior situação na perda de atributos (que havia reduzido de 67,8% para 48,3% entre 2000 e 2001) que volta a subir para o nível dos 57,5%. O mesmo aconteceu com a “perda de títulos de páginas (de 1,2% para 0,5% entre 2000 e 2001), que agora se cifra nos 4,5%. As páginas lentas e a ruptura de links internos mantêm os níveis registados em Janeiro de 2001, respectivamente de 29% e de 3,8%, apenas melhorando no domínio das páginas antigas (inexistentes, contra 9,3% em 2001).
No sector da administração pública, as deficiências mais significativas continuam a ser perda de atributos que subiu para 54% – contra 53% em Janeiro de 2001, a perda de títulos das páginas (que melhorou de 19% para 13,8%), as páginas lentas (que pioraram dos 11,8% para os 12,5%), a ruptura de link internos (agora nos 11% e que continua a piorar), e as páginas antigas que melhoraram de 8,5% para os 6,5% depois de serem inexistentes em Junho de 2000. nos o%
Banca online, viagens e desporto
Por fim apresentamos resultados de três novos sectores abrangidos por este estudo efectuado pela Compuware sobre a qualidade dos Websites portugueses, que mereceram esta atenção devido ao seu grande potencial de crescimento.
No sector da banca online, as deficiências mais detectadas são a perda de atributos com 49%, seguida da perda de títulos de páginas (11,8%), das páginas lentas (11,4%), da ruptura de links internos (9,2%) e das páginas lentas (6,8%).
No sector da viagens, as deficiências detectadas mais significativas são a perda de atributos com 73%, seguida das páginas lentas (12,5%) e das páginas antigas (8,3%). A ruptura de links é de apenas 3,8% e a perda de títulos de páginas regista 2%.
Quanto aos Websites do sector do desporto abrangidos pelo estudo, verifica-se que também aí a perda de atributos é a deficiência mais importante (50,5%) seguida das páginas lentas (24,5%) das páginas antigas (13,5%) da perda de títulos de páginas (3,8%) e da ruptura de links internos (6%).
A Compuware
A Compuware Corporation é uma empresa que desenvolve e comercializa soluções empresariais, que visam optimizar a produtividade e reduzir os custos ao longo do ciclo de vida das aplicações. A Compuware responde assim às rápidas necessidades de mudança no mundo dos negócios com soluções líder que aumentam a qualidade, facilitam a integração e melhoram o desempenho das soluções ” Enterprise ” e de ” E – Bussiness “.
Presente directamente em Portugal desde 1996, a Compuware nomeou recentemente Luís Porém como seu director-geral para Portugal. A empresa conta com recursos humanos superiores a 12 000 profissionais em todo o Mundo. Mais informação poderá ser obtida no Website da Compuware em http://www.compuware.com (versão internacional) ou em www.compuware.pt (versão portuguesa).
___________________________
Lisboa, 12 de Novembro de 2002
Dossiers-Empresas