Há dois anos atrás surgiu em Portugal uma empresa vocacionada para a implementação de soluções e tecnologias para Contact Centers a GMtel. Estabeleceu acordos de parceria com as empresas mais representativas a nível mundial de forma a obter um portfolio completo e englobando soluções que se poderão classificar como state-of-the-art-tecnology.
Hermínia Moutinho, directora comercial, falou dos novos projectos e do posicionamento da GMtel frente a um mercado tão competitivo como é o das novas tecnologias.
Como caracteriza esta actividade?
É um negócio muito exigente em termos de carga de trabalho e conhecimentos multidisciplinares das soluções e muito absorvente relativamente a disponibilidade intelectual e tempo. A GMtel está numa área muito agressiva e com um grande crescimento. Mas é uma área que me apaixona porque junta a engenharia, que foi sempre o meu passado, à área de negócio e à gestão. O negócio dos call centers obriga a conhecer a tecnologia, mas também os negócios dos nossos clientes e isso torna a actividade muito apaixonante.
Qual é o vosso posicionamento no mercado?
A nossa abordagem no mercado não é como vendedores de caixas, porque nesta área dificilmente se tem sucesso se agirmos assim. Isto não resolve o problema dos nossos clientes, temos que conhecer as suas necessidades e potenciá-los o mais possível com ferramentas. Para nós, cada projecto acarreta sempre um trabalho de consultoria mesmo que não seja formal.
O que têm feito para divulgação da GMtel?
Não temos apostado muito em comunicação (publicidade). Inicialmente, sentimos que um negócio assim só poderia ter sucesso se apostássemos num serviço de excelência que vai desde a pré venda à pós venda, ou seja, logo nos primeiros contactos com o cliente queremos que ele perceba que está bem apoiado. O que mais queremos salvaguardar é que a GMtel é uma empresa na área das tecnologias para call centers que presta um serviço de excelência. Este é o nosso pilar estratégico. É verdade que hoje, passados 2 anos, estamos preparados para ir mais longe. Vamos apostar na comunicação de imagem, no sentido de reforçar a nossa notoriedade e credibilidade. De qualquer das formas, não estivemos completamente ausentes de mecanismos de comunicação. Estivemos desde o início na ExpoTelecom, com stands de uma dimensão considerável e o ano passado no Call Center 2000.
Crê que essas representações resultam em vendas imediatas…
Nenhuma das vezes resultou em vendas directas, mas trazem-se muitos contactos. Nós sabemos que este tipo de negócio tem um ciclo de vida grande e não se fazem com vendas imediatas. Estamos conscientes que esse não é um dos ganhos da presença nas exposições, mas sim a imagem da empresa e a notoriedade.
Passados dois anos de existência da GMtel, qual é o balanço que faz?
É extremamente positivo. A GMtel terminou o ano de 99 com um volume de negócio na ordem dos 60 mil contos, tendo em conta que houve apenas meio ano de actividade. Não foi nada de espectacular mas numa área de negócio em que os ciclos são tão alargados, ficámos satisfeitos. Em 2000 demos um grande salto, encerrando com 450 mil contos de volume de negócio.
Quais são os próximos projectos?
Estamos a desenvolver uma filial em Espanha porque achamos que lá há mercado para os call centers. Embora não seja um grande projecto, estamos a preparar a nossa mudança de instalações. A GMtel com o crescimento que teve, ultrapassou os limites de co-habitação dos 15 colaboradores com que fechamos o último ano.
Temos ainda muitos negócios, em fase de negociação, na área do Workforce Management. Na área de aquisição de novos parceiros tecnológicos estamos muito interessados em acompanhar esse mercado e contamos ter novos produtos no nosso portfolio, nomeadamente na área do e-learning.
http://www.gmtel.pt/
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