3476 — O futuro dos operadores móveis virtuais

Apr 27, 2005 | Conteúdos Em Português

Ericsson«Existem vários modelos de negócio possíveis para as empresas interessadas em tornarem-se operadores móveis virtuais», concluiu-se no encontro dedicado ao tema “Operadores Móveis Virtuais (MVNOs): uma tendência europeia?”, recentemente organizado pela Ericsson e pelo Semanário Económico, em Lisboa.

Vários especialistas na área das telecomunicações debateram o actual mercado europeu de operadores móveis e o possível aparecimento de operadores virtuais em Portugal.

Na apresentação “MVNOs: Coming to a network near you”, a analista Carrie Pawsey, wireless analyst da OVUM, referiu a crescente actividade dos cerca de 100 operadores móveis virtuais existentes na Europa, revelando-se um canal de negócio cada vez mais interessante para as empresas que se querem lançar neste sector e, de certa forma, para os operadores de rede móveis. Os operadores de rede móveis que se têm vindo a associar a operadores móveis virtuais são geralmente os de menor dimensão.

Para Luis Carrera, chief financial officer da MEC-Solutions, as vantagens dos MVNOs parecem assentar na criação de uma forte imagem de marca e na fidelização dos seus clientes. Oferecendo um valor acrescentado aos operadores móveis virtuais, este tipo de serviços podem permitir a satisfação das necessidades de segmentos específicos de mercado, onde se revelam players de sucesso.

O primeiro exemplo de um MVNO apresentado neste debate coube a Josef Mayer, chief executive officer da austríaca YESSS!. Enquanto operadora de preço reduzido, esta empresa posicionou-se no mercado com uma forte estratégia de marketing, uma mensagem simples e a oferta de um menor número de serviços, conseguindo, em duas semanas de actividade, ultrapassar as expectativas de resultados.

Outro caso de referência foi apresentado por Declan Conway, chairman da Encircle Foundation, responsável pelo projecto Call4Care. Este responsável salientou a importância do mercado da solidariedade, e apresentou como vantagens para as ONG’s deste tipo de operadores, a aproximação aos seus associados e o aumento de donativos angariados.

Uma conclusão permaneceu no final deste IX Encontro Ericsson Semanário Económico: existem vários modelos de negócio possíveis para as empresas interessadas em tornarem-se operadores móveis virtuais. Resta saber quais destes modelos serão bem sucedidos no futuro e de que forma os operadores móveis virtuais irão provocar alterações no actual cenário do mercado das telecomunicações.

Fonte: Ericsson/Semanário Económico

2005-04-27

Notícias – Indústria