«A poupança no final dos projectos-piloto pode ser superior aos três milhões de euros previstos», inicialmente, nas compras electrónicas experimentais, afirmou Carlos Oliveira, em declarações à margem do leilão transversal para aquisição de papel. O coordenador da UMIC justificou esta afirmação com a hipótese de se efectuar um leilão de combustíveis, como está previsto.
Decorreu recentemente o primeiro leilão transversal da segunda fase dos projectos-piloto do Programa Nacional das Compras Electrónicas (PNCE), que visa promover as compras pela Internet por parte da Administração Pública.
Envolvendo 25 entidades de quatro ministérios – Agricultura (MA), Educação (ME), Finanças (MF) e Justiça (MJ) -, este primeiro leilão transversal deu lugar à negociação interministerial de papel de escritório. Os ministérios compraram dois lotes de papel, um para Lisboa e outro para o resto do país (Continente e Ilhas). O leilão do primeiro lote abriu a 226,3 mil euros e o do segundo lote a 261 mil euros.
Dos dez fornecedores envolvidos – Albano Alves, Beltrão Coelho, Compap, Contiforme II, Expresso Papiro, JALF, Mundisan, Océ-Lima Mayer, ServisanRenova e Xerox -, a empresa Albano Alves ganhou o primeiro lote, vendendo as resmas de papel a 189,5 mil euros, o que permite ao Estado poupar 16,52 por cento (37,5 mil euros). O segundo lote foi arrebatado pela Mundisan, que vendeu o papel a 237,8 mil euros, gerando poupanças ao Estado na ordem dos 9,17 por cento (24 mil euros).
O valor destas poupanças é achado face à aquisição pelos meios tradicionais, atendendo a que os preços de abertura dos dois lotes (226,3 mil euros e 261 mil euros) correspondem ao cálculo do volume total, tendo por base o melhor último preço de aquisição entre os organismos do MA, ME, MF e MJ .
Contas feitas, a negociação interministerial para aquisição de papel gerou uma poupança de 61,5 mil euros. Segundo Carlos Oliveira, este valor não é absoluto, podendo mesmo ascender aos 100 mil euros, já que à poupança obtida no momento da negociação acresce a poupança de cerca de 15 por cento resultante do nivelamento de preço (conseguir que todos o organismos envolvidos comprem ao preço mais baixo).
A segunda fase dos pilotos do PNCE prevê ainda os leilões de combustíveis e de produtos de higiene , cujas datas de realização aguardam aprovação.
«A poupança no final dos projectos-piloto pode ser superior aos três milhões de euros previstos» inicialmente, nas compras electrónicas experimentais, afirmou Carlos Oliveira, em declarações à margem do leilão transversal para aquisição de papel. O coordenador da UMIC justificou esta afirmação com a hipótese de se efectuar um leilão de combustíveis, como está previsto.
O Governo prevê uma redução na despesa de 50 milhões de euros, em 2005; 100 milhões de euros, em 2006 e de 130 a 260 milhões de euros, a apartir de 2007, avançou a UMIC .
Segundo Carlos Oliveira, actualmente existem cerca de 1500 organismos da Administração Pública que fazem compras sem qualquer coordenação ou articulação. O objectivo do Governo é criar uma unidade integrada de compras, suportada por unidades de compras em cada ministério.
Gabriela Costa
2004-07-07
http://www.umic.gov.pt
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