Um estudo recente realizado pela Mercer Human Resource Consulting revela variações dramáticas nos níveis de pagamento entre os profissionais corporativos de TI, mundialmente. Os salários em TI são mais elevados na Europa Ocidental e na América do Norte do que na Ásia e na Europa de Leste.
De acordo com o Estudo Mundial 2003/2004 IT Function Salary Differentials Worldwide, as TI são pagas no seu valor mais elevado na Suíça. Segue-se a Alemanha, Japão, Hong Kong, EUA e Dinamarca. Os salários dos profissionais de TI são mais baixos nas Filipinas, de seguida no Vietname, Bulgária, Malásia, Indonésia e Índia.
O novo estudo da Mercer «ajuda a explicar o crescente interesse no off-shoring de trabalho na área das Tecnologias de Informação (TI) para empresas noutros países», conclui a Mercer.
Incluindo dados de pagamentos de mais de 43 mil profissionais de tecnologias de informação em quase 3.300 empresas, em 32 países, o relatório analisa as diferenças de pagamento com base na categorização de quatro níveis de especialização de funções em TI: chefe de equipa/profissional sénior, supervisor/profissional experiente, manager/especialista e gestor sénior/perito.
Enquanto em alguns países todas as funções em TI são melhor ou pior pagas face a outros países, noutros um determinado nível de especialização em TI é significativamente diferente de um nível superior ou inferior, como explica Van De Voort, global leader do grupo IT Workforce Effectiveness da Mercer. «As empresas que estão a explorar o off-shoring precisam de ter em consideração o nível e o tipo de trabalho que estão a movimentar off-shore para adquirirem um verdadeiro entendimento dos custos e ganhos potenciais», conclui.
Entre os países com os pagamentos mais elevados existem diferenças consideráveis nos salários dos profissionais do sector. Por exemplo, o México é o décimo país que melhor paga no nível da especialização de topo (gestor sénior/perito), mas fica em 20º no ranking, no nível de experiência mais baixa (chefe de equipa/profissional sénior). Hong Kong e Itália ficam no segundo e nono lugar, respectivamente, no nível gestor sénior/perito e décimo e 15º, respectivamente, no nível chefe de equipa/profissional sénior.
Para Van De Voort as diferenças no ranking dos países para os quatro níveis de especialização em funções de TI «são provavelmente resultado da procura e oferta local, da maturidade da indústria de TI no país e da progressão das práticas de impostos de cada nação».
Finalmente, os países com os mais elevados pagamentos apresentam preferências por certos níveis de especialização. Nos países com os pagamentos mais reduzidos, o pagamento tende a ser consistentemente baixo ao longo de todos os níveis de especialização.
Quanto a bónus e incentivos, os países com os pagamentos mais reduzidos entregam uma percentagem larga do total do salário na forma de incentivos variáveis de curto prazo, revela o estudo da Mercer. Entre os dez países com os pagamentos mais reduzidos, a maioria dos países apresentam uma componente variável de pagamento de 8%. Nos países com os pagamentos mais elevados, a percentagem de pagamento variável apresenta uma média de 4% .
O responsável da Mercer adianta que «as empresas dos Estados Unidos da América distribuem actualmente uma proporção mais baixa de pagamento por performance do que 29 dos 32 países». A este nível, «apenas a Suécia, a França e o Reino Unido apresentam valores inferiores no ranking», ao passo que o Vietname, a China e a Bulgária oferecem uma percentagem maior de pagamento por incentivos no salário total do que os EUA».
Por último, a Indonésia, a Bulgária, a Índia e o Japão apresentam a maior percentagem de pagamento por risco (10% a 15%) no nível mais baixo de experiência em TI (chefe de equipa/profissional sénior). No nível mais elevado de experiência em TI (gestor sénior/perito), o Brasil, a Alemanha e o Canadá apresentam a maior percentagem de pagamento por risco (18% a 20% ).
2004-06-15
Fonte: Mercer Human Resource Consulting, 2003/2004 IT Function Salary Differentials Worldwide Report
http://www.mercer.com
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