Numa análise aos principais inibidores dos gastos em TI, realizada no âmbito do 10.º inquérito ao painel e-business, a IDC concluiu que os factores de ordem micro ou macro económica começam lentamente a ceder para questões relacionadas com o impacto dos investimentos em TI no negócio. A mais flagrante é a dificuldade em calcular o ROI .
No 10º inquérito ao painel e-business, a IDC decidiu avaliar o impacto que a história impôs ao nosso mercado e, seguindo a mesma estrutura do inquérito realizado no final de 2002, tentamos perceber novamente quais os principais factores que têm vindo a influenciar os investimentos em TI (Tecnologias de Informação).
Passados pouco mais de seis meses, e ao perguntar novamente quais os três principais inibidores dos gastos em TI, verificamos que os factores de ordem económica, quer ao nível macro quer micro, começam lentamente a ceder para questões específicas relacionadas com o impacto dos investimentos em TI no negócio, mais concretamente: a dificuldade em calcular o ROI.
É curioso também verificar que há um decréscimo (de 40% para 30%) no número de inquiridos que menciona os elevados investimentos realizado nos últimos 3 anos como um inibidor dos investimentos.
A segunda questão tinha como objectivo analisar quais os projectos/sistemas mais voláteis à situação económica actual.
Apesar de haver pequenos desvios face ao inquérito anterior, continua a verificar-se que os projectos mais inovadores – que na maioria das empresas se encontram em fase de arranque, como é o caso das aplicações móveis, eLearning e até mesmo o comércio electrónico -, são aqueles que apresentam maior volatilidade. Em contrapartida, a infra-estrutura, segurança e aplicações de gestão empresarial encontram-se entre os mais estáveis.
Apesar de verificarmos neste inquérito um maior número de respostas com indicação que o investimento em TI iria manter-se ou aumentar em 2003 (de 65% para 81%), quase 2/3 dos inquiridos disseram que a aposta em novas soluções tecnológicas inovadoras/emergentes (por oposição a consolidar as suas tecnologias correntes) será reduzida ou muito reduzida.
Ao analisar globalmente os resultados obtidos, e apesar de haver uma percepção menos negativa da situação económica, fica patente que o controlo de custos e a avaliação do impacto das TI nos objectivos das organizações continuam a ser questões críticas e cada vez mais perseguidas pelos actuais gestores, tornando a avaliação do ROI dos projectos numa obrigação.
Paradoxalmente, verificamos que há uma enorme dificuldade por parte das empresas em calcular o respectivo retorno dos projectos, devendo portanto ser utilizada uma metodologia que permita atender a evolução da complexidade dos projectos, principalmente no que toca aos benefícios intangíveis.
2003-09-29
(Fonte: IDC Portugal)
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