Os maiores desafios do Comércio Electrónico para as PMEs estiveram ontem em análise na mesa redonda promovida pela UMIC e pelo CETIC, no âmbito do Lisf. Uma das principais conclusões indica que Portugal ocupa a penúltima posição no ranking dos países da Europa que geraram mais valor através do comércio electrónico, segunfdo dados da IDC relativos ao primeiro trimestre de 2003.
Moderada por Idalécio Lourenço, editor da Computer World, a sessão contou com a participação de Jorge Coimbra, administrador da IDC Portugal e Jorge Baptista, administrador da Primavera Software , entre outras entidades públicas e empresas presentes.
Jorge Coimbra apresentou vários dados sobre o mercado das PMEs portuguesas, como o índice de empresas que possuem aplicações empresariais (72%). Em 38% dos casos o acesso à Internet faz-se pelos sistemas Dial ou RDIS, enquanto que só 12% das PMEs utilizam a Banda Larga.
40% das empresas nacionais com menos de 50 funcionários não possui acesso de Banda Larga e 10% dessas entidades nem sequer possuem PCs , segundo um estudo da consultora referente ao primeiro semestre de 2003.
O administrador da IDC analisou ainda a distribuição do comércio electrónico na Europa Ocidental, concluindo que, no primeiro trimestre do ano, os maiores gastos prenderam-se com gastos nos processos de B2B (business to business ).
A Alemanha é o país da Europa que gerou mais valor no comércio electrónico, no mesmo período (25.250 biliões de dólares), seguida do Reino Unido (mais de 15 biliões de dólares) e França (quase 12 biliões de dólares). Portugal ocupa a penúltima posição do ranking, com 627 milhões de dólares de receitas em e-commerce , à frente apenas da Grécia.
Segundo dados avançados por Jorge Batista, administrador da Primavera Software, em Portugal, um em cada cinco trabalhadores utiliza regularmente a Internet; mais de um terço das empresas têm presença na Web e 20% delas desenvolvem actividades de comércio electrónico, que apresenta uma taxa de crescimento anual de 55% .
Na sua opinião, a evolução do comércio electronico passa por desenvolver soluções tecnológicas adequadas e por evidências as mais-valias do sistema. É preciso ainda evangelizar o meio empresarial, isto é, levá-lo a adoptar plataformas digitais/comércio electrónico, tendo em conta que «95% das PMEs são servidas por micro empresas de TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação).
As apresentações detalhadas destes e de outros oradores da mesa redonda dedicada ao comércio electrónico do Fórum de Lisboa para a Sociedade de Informação estão disponíveis no LINK .
2003-09-25
Gabriela Costa
http://www.lisf2003.iweb.pt
Centro de Informação-ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Em Foco – Empresa