Raul Junqueiro lança livro « A idade do Conhecimento » – partilhando, pela primeira vez, a sua visão do mercado das tecnologias de informação e comunicação e apresentando um novo conceito de conhecimento.
Raul Junqueiro anunciou no passado dia 9 de Maio o lançamento do seu livro A IDADE DO CONHECIMENTO, editado pela Editorial Notícias na sua Colecção Sinais do Tempo.
Apresentação Geral da Obra
Em A IDADE DO CONHECIMENTO, Raul Junqueiro, que pretende dessacralizar as tecnologias de informação e comunicação por se tratar de uma realidade que diz respeito a todos e cada um de nós, procurou um compromisso entre uma obra didáctica e de reflexão sobre as principais questões que emergem num sector tão vital como este e afirma que o Conhecimento se irá constituir como factor distintivo entre as sociedades mais e menos desenvolvidas.
O autor recria o conceito de Conhecimento, impregnando-o de novos contornos ao defini-lo como « o factor chave na interpretação e uso da informação, especialmente para a transformar em acção produtiva » , o elemento capaz de agregar todas as tendências que se podem identificar na actual sociedade e de lhes emprestar um novo sentido, iluminando-as da matéria incandescente que inaugura uma nova Era na História dos Homens.
Amadurecido em tempos de abundância e nascido em momentos de grande preocupação económica, social e cultural, num momento de encruzilhada civilizacional, « este livro é o resultado de um compromisso e de uma batalha longos em prol do desenvolvimento da Sociedade de Informação » , refere o autor.
Trata-se de uma obra elaborada à luz das várias vivências profissionais que Raul Junqueiro teve no sector, onde se envolveu com inúmeros projectos nacionais e internacionais, que vão desde a gestão de empresas de correios, telecomunicações, televisão, nas áreas pública e privada, à responsabilidade pelo lançamento de importantes iniciativas de modernização e promoção das tecnologias de informação e comunicação.
Raul Junqueiro lançou os primeiros projectos de tecnologias de informação, em Portugal, como o Inforjovem, foi Secretário de Estado das Comunicações, deputado, dirigente associativo e, nos últimos anos, fundou uma das mais prestigiadas empresas de consultoria neste sector.
Mais do que um livro, um alerta para a urgência da necessidade de empenho por parte de todos os sectores da sociedade na nova Era do Conhecimento.
Mais do que um livro sobre o sector das tecnologias de um informação e comunicação, mais do que um esforço no sentido da defesa e desenvolvimento da Sociedade de Informação, A IDADE DO CONHECIMENTO, é um alerta para a urgência de cidadãos, empresas, governos e países se envolverem de forma concertada na gestação da nova Sociedade.
« O Conhecimento será o novo factor de aceleração de um futuro melhor para toda a Humanidade, capaz de resolver ou pelo menos atenuar, as gravíssimas injustiças e assimetrias sociais que assolam actualmente muitos pontos do planeta » , refere.
Para o autor é preciso alertar para o facto de « existir um claro défice digital que é apanágio da maioria dos decisores, quer nacional, quer internacionalmente. Apesar dos discursos politicamente correctos, das boas intenções e das muitas promessas, pouco se fez para preparar os cidadãos e as empresas e os países para um novo tempo que já está em gestação. A missão mais estratégica e urgente é a de conduzir populações inteiras, através de processos de mudanças profundas, para novos ambientes, que exigem qualificações que a maioria não possui » .
Segundo Raul Junqueiro, « corremos sérios riscos e, se nada fizermos ou continuarmos como até aqui, podemos ficar definitivamente arredados do desenvolvimento e da modernização, ou seja, de uma vida melhor para todos. Temos de nos mobilizar para as alterações estruturais que estão a ocorrer, em todos os domínios das sociedades actuais, para as suas consequências, para a revolução de mentalidades, para a intervenção dos Estados, para a participação da Sociedade Civil, para tudo o que urge fazer » .
Num momento em que está na ordem do dia a questão da globalização e dos impactos das suas consequências, bem como a questão das migrações humanas e dos problemas que implicam, esta obra diz-nos que, « não podemos esperar mais. Já hoje nos damos conta das profundas assimetrias económicas e sociais entre continentes e regiões, países e no interior de cada um. O fosso entre os que tudo e nada têm aumenta diariamente, estando a dar origem a manifestações de toda a espécie, seja a propósito da globalização, seja disfarçada de fundamentalismos diversos » .
Aquele responsável adianta também que: « não tenhamos qualquer dúvida de que a nova sociedade e o novo tempo só estarão ao alcance dos que se prepararem para ele e que os instrumentos que nos colocam à disposição são de tal modo poderosos que acentuarão ainda mais diferenças. Daí a urgência do combate, o qual visa a integração e a inclusão social e económica, mas também a própria sobrevivência » .
O autor refere também que lidar com computadores e com a Internet é « o abecedário da nova sociedade e do conceito de literacia que lhe está implícito. Há muito que os computadores saíram do laboratório e deixaram de ser pertença de cientistas, matemáticos ou astronautas. Invadiram as empresas e as nossas casas, aumentaram a competitividade, melhoraram a qualidade de vida, levaram-nos à Internet e ao mundo virtual » .
Nesse sentido, « são hoje tão indispensáveis como o pão que comemos, a água que nos sacia a sede ou o ar que respiramos. Tal como nos ensinaram a ler e a escrever, também nós temos agora de saber computar e conectar » .
Estrutura Geral do Livro
Raul Junqueiro dividiu o livro em três capítulos, que se seguem à Introdução, onde nos conta o que o levou a escrever esta obra, sobre a urgência da temática e o conteúdo da sua reflexão ao longo da obra.
A génese da revolução digital: uma perspectiva histórica
Foi preocupação do autor, no primeiro capítulo, intitulado A Génese da Revolução Digital, situar o leitor referindo-se aos principais marcos da evolução das componentes do sector que dominam esta área, o das TICs (as telecomunicações, a informática, os meios de comunicação social e a Internet).
A perspectiva de evolução do sector expressa neste capítulo, que nos permite tomar contacto com muitos factos curiosos e que nos são desconhecidos apesar de temporalmente perto de nós, desenrola-se tendo em conta os mercados dos EUA, da Europa e de Portugal, uma vez que se trata de uma realidade própria de países desenvolvidos, mas que é preciso situar e perceber também, e sobretudo, no país onde vivemos.
Partindo de uma breve retrospectiva dos momentos mais significativos das telecomunicações, onde são apontados os principais momentos a nível internacional e nacional, desde o Século XIX, este capítulo abarca igualmente as tecnologias de informação – onde se inscrevem as componentes da informática e domínios que lhe estão subjacentes como o hardware, o software, os periféricos e as redes, os meios de comunicação social e a Internet.
Alertando para a crescente importância dos meios de comunicação online, Raul Junqueiro, inclui também uma abordagem à rádio e à televisão no que toca à temática dos meios de comunicação social, que a seu ver dominam a sociedade actual.
Daqui o livro conduz-nos a outra realidade essencial dos nossos dias, constituída pela Internet que, abordada nas suas características predominantes de agregação e revolução, alterou por completo a forma como vivemos, como trabalhamos, como nos divertimos e como nos relacionamos.
Os traços distintivos deste capítulo, consistem no facto da análise aí expressa ilustrar a evolução integrada dos vários sub-sectores que constituem as TICs, assim como algumas revelações surpreendentes, a propósito dos seus momentos mais significativos.
Os Contornos da Nova Sociedade
Por seu turno, o segundo capítulo do livro dedica-se à caracterização da plataforma emergente, procedendo, nesse sentido, à análise das tendências que é possível identificar como as principais, visando inteligir qual a sua importância e os seus impactos.
O autor considera que se revelam já, de forma clara e inequívoca, os traços dominantes da nova sociedade em gestação, e onde se afirmam como tendências dominantes a conectividade, a informação, a convergência, a mobilidade e o conhecimento.
Nesta esteira, Raul Junqueiro identifica a nova Era como uma Sociedade Conectada, uma Sociedade de Informação, uma Sociedade de Convergência, uma Sociedade de Mobilidade e uma Sociedade de Conhecimento.
Trata-se, na opinião deste reputado especialista, de uma Sociedade dominada pela Internet e pelo mundo virtual, onde o tratamento e a manipulação da informação, sobretudo através de sistemas sofisticados, se afirma como factor decisivo no que concerne ao aumento da produtividade e do reforço da competição.
Por outro lado, a convergência impõe-se como factor determinante a nível das redes, dos formatos, dos conteúdos, dos terminais, dos serviços e das próprias indústrias de que são exemplo claro a importância adquirida pela banda larga, pelo comércio digital e pela televisão digital.
Quanto à mobilidade esta impõe-se através do sucesso granjeado pela telefonia móvel, bem como as próximas gerações de telemóveis. Especialmente aptos para os conteúdos de dados/ Internet e de imagem.
O conhecimento perfila-se como factor decisivo, no sentido em que se afirma como a preparação e a qualificação dos recursos humanos, que representam a pedra de toque da nova Idade.
É a combinação das várias tendências identificadas neste capítulo e das diversas sociedades que irão dar origem em breve, a um novo tempo, que Junqueiro gosta de apelidar de A IDADE DO CONHECIMENTO.
Os Desafios e as Oportunidades
No terceiro e último capítulo, intitulado Os Desafios e as Oportunidades, Junqueiro procede a uma análise e reflexão cuidadas e pormenorizadas sobre as questões tidas como decisivas para que cidadãos, empresas e países se integrem, com sucesso, na nova Era.
Para o autor, estão a soprar novos ventos de mudança, que tornam premente adoptar uma postura visionária, se queremos dar o salto para o tempo vindouro, com a plena consciência de que o fazemos da melhor forma possível, na plenitude das nossas capacidades de pessoas e cidadãos .
Ao longo destas páginas, Junqueiro aborda, de forma detalhada, a problemática do acesso à informação e ao conhecimento, dos consumidores e da regulação, das redes de banda larga, da promoção dos talentos humanos, da modernização da Administração Pública e também das empresas, da produção de conteúdos e da protecção dos direitos fundamentais.
As respostas aqui logradas têm como alicerce o contexto europeu e português, a par da generalidade dos países desenvolvidos, já que, segundo o autor será nestes, que a nova sociedade irá primeiramente tomar corpo.
O autor, que estabelece a responsabilidade dos Estados nestas matérias, mas apela à intervenção crescente da sociedade civil no esforço que é necessário efectuar, para vencer os desafios que A IDADE DO CONHECIMENTO coloca, chama a atenção para a necessidade imperiosa dos países se prepararem para o novo tempo.
Esta preparação implica o solucionar de questões tão fundamentais e elementares como as do acesso à informação e ao Conhecimento, de traçar um novo posicionamento estratégico, que possibilite ultrapassar a questão do digital divide diminuindo as assimetrias económicas, sociais e culturais, ao mesmo tempo que se garante o combate aos vícios da globalização e se encontram soluções de equilíbrio para as problemáticas dos movimentos migratórios que trazem no seu seio os riscos da insegurança, da criação de fossos sociais crescentes, a par das xenofobias e dos movimentos nacionalistas.
Neste capítulo, Junqueiro refere-se à importância capital da tomada de iniciativas e também às questões da regulação dos mercados, destacando a falência dos modelos de liberalização das comunicações de rede fixa na generalidade dos mercados europeus, a necessidade de encontrar modelos de liberalização alternativos, bem como de garantir a independência das redes básicas, reforçando as posições dos reguladores e encontrando uma nova estratégia para o sector.
O enfoque é também colocado nas redes de banda larga e no papel determinante que estas desempenham para a construção e consolidação das oportunidades criadas pela Nova Era. Nesse sentido, o autor defende que é vital investir em largura de banda, já que só a existência de infra-estruturas digitais modernas e capazes, será capaz de garantir a massificação que urge efectuar.
Esta questão adquire uma tal relevância, que se transformou num assunto político, do qual depende em boa medida o sucesso ou insucesso dos países na integração na Nova Sociedade.
Referindo-se à questão da promoção dos Talentos Humanos, que aliás reconhece como o ponto mais sensível de todo o leque de dificuldades que urge combater e vencer no esforço da digitalização, Raul Junqueiro debruça-se sobre a necessidade vital de educar, formar e sensibilizar todas as pessoas, de todos os quadrantes, nacionalidades , culturas e religiões.
Para o autor só um empenhamento coordenado permitirá vencer a batalha da inclusão social, aproximando as escolas dos mercados, garantindo aos países a criação de novos factores de competitividade: « o Conhecimento implicará a existência de cidadãos melhor preparados e qualificados. Eles são, ao fim e ao cabo, a verdadeira matéria prima da nova sociedade, os verdadeiros agentes das mudanças e os principais destinatários das mesmas » .
Junqueiro defende que: « não basta tornar as pessoas digitalmente esclarecidas, no sentido de serem capazes de utilizar um computador ou efectuar uma ligação à Internet. Ou mesmo de contribuir para a sua consciencialização no que respeita aos impactos das mudanças » , explica.
« O que é fundamental e indispensável relaciona-se com a criação de condições que eles proporcionem uma educação adequada, de modo a permitir-lhes enfrentar com sucesso as novas e complexas exigências dos mercados » , conclui.
O autor aborda também a importância vital da modernização da Administração Pública, área em que urge avançar no sentido de promover uma mudança de estruturas capaz de abranger todos os sectores, acelerando-se o surgimento da Administração Electrónica e garantindo a consolidação da Democracia Digital.
Já no que concerne à modernização das empresas, impõe-se igual ou até maior esforço de webização, no sentido de garantir aos diversos sectores de actividade o acesso a novos níveis de competitividade, fundamentais para o sucesso de qualquer país no espaço económico mundial.
A Produção de Conteúdos é outro dos pontos focados por Raul Junqueiro, que fala na necessidade de apostar nos conteúdos audiovisuais e multimédia, duas faces de uma indústria que precisa de ser consolidada, quer através da criação de políticas de promoção que garantam o seu desenvolvimento, quer através de uma estratégia se sector.
O autor aborda ainda a questão da protecção dos direitos fundamentais, referindo-se à importância que tem, na dinamização de A IDADE DO CONHECIMENTO, a segurança das transacções electrónicas, a protecção dos dados pessoais e a qualidade dos conteúdos.
Junqueiro defende igualmente a necessidade de se garantir um pacote mínimo de Serviços relacionados com a Sociedade de Informação, aí incluindo o serviço público de televisão e o serviço universal de telecomunicações.
Lançamento do Site Idade do Conhecimento
Paralela e complementarmente, Raul Junqueiro anunciou o lançamento do site www.idadedoconhecimento.com
http://www.idadedoconhecimento.com
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